
Gostaria, no entanto, de lembrar uma época de ouro do cinema japonês (os anos 50), em que o embaraço teria sido escolher entre tantas e tão boas actrizes.

Setsuko Hara, actriz consumada e um dos casos mais extraordinários de fotogenia do cinema, conhecida sobretudo pelos seus papéis nos filmes de Ozu, aqui em "Yama no oto" (O Som da Montanha) de Mikio Naruse

Machiko Kyo, um dos rostos mais famosos dos fifties japoneses, à vontade nos mais variados registos, aqui no filme que a revelou: "Rashomon" de Akira Kurosawa

Hideko Takamine, a actriz favorita de Naruse, em "Ukigumo" (Nuvens Flutuantes)

Chieko Higashiyama, num dos papéis mais comoventes da história do cinema: a mãe de "Tokyo monogatari" (Viagem a Tóquio) de Yasujiro Ozu

Haruko Sugimura, uma das mais célebres e amadas secundárias do Japão, em "Nagareru" (Flutuar) de Mikio Naruse

Kinuyo Tanaka, a musa de Mizoguchi, extraordinária em "Sansho dayu" (O Intendente Sansho)

Isuzu Yamada, actriz que já vinha dos thirties, criadora de uma memorável e arrepiante Lady Macbeth em "Kumonosu jo" (Trono de sangue) de Akira Kurosawa